Análise Bioshock 2

By GAGU

"Retornar para esse paraíso perdido é uma experiência,
que deve ser experimentada com muito prazer"

Após dez anos dos acontecimentos de BIOCHOCK contados em uma abertura cinematográfica, o jogador encara uma nova missão: encontrar sua pequena irmã. Eleanor agora está sendo mantida em cativeiro por sua mãe, Sofia Cordeiro, a nova dona de Rapture. Cordeiro é completamente o oposto de Andrew Ryan, um rico industrial que fundou Rapture como um lugar onde a humanidade poderia ser irrestrita pela moral, a mão do governo, ou a palavra de Deus. Totalmente contra esses princípios, Sofia tem como filosofia sua completa e determinada loucura.

Embora BIOSHOCK 2 seja um jogo de tiro em primeira pessoa seu ponto forte é a sua história, que mantém uma narrativa poderosa e atraente com uma conclusão satisfatória. Embora possam considerar que grande parte do jogo se concentra na cidade de Rapture e todos os seus mistérios, BIOCHOCK 2 não se aprofunda muito neste aspecto. Além disso, existem várias situações sobre Rapture que acabam nos deixando curiosos, mas não tem uma conclusão até o final do jogo. Dessa forma, o foco deixa de ser os problemas que envolvem a cidade e passam a se concentrar nos BIG DADDY.

Como você é um BIG DADDY agora, você se concentra em procurar pelas LITTLE SISTERS fazendo rondas pela cidade. O mais interessante é as Little Sisters procuram cadáveres para drená-los com suas agulhas. Porém cada Little Sisters é guardada por Big Daddy e mesmo você sendo um deles não há nada que os impeça de atacá-lo. Depois de derrotar o Big Daddy guardião, cabe a você decidir o que fazer com a menina, ou seja, escolher ser seu Big Daddy substituto ou destruir a menina sem nenhuma piedade.

A primeira opção faz com que a menina lhe ajude a continuar a ronda por Rapture lhe acrescentando bônus. Mas o jogo ainda o prepara para a grande decisão. Assumir a nova menina por interesse em concluir seu objetivo e matá-la mais adiante, ou protegê-la com sua própria vida. Cada opção oferece uma determinada recompensa, mas independente de sua decisão você não terá como escapar do confronto com a Big Sister.

O melhor disso é que você pode ao longo do caminho ter acesso a novos poderes e também adquirir a habilidade de soltar bolas de fogo, gerar chamas e disparar abelhas pelas próprias mãos. Você também pode compor novos tônicos para regenerar sua energia, ter maior velocidade de circulação ou até mesmo ficar imune a choques elétricos.Além desses poderes, BioShock 2 também oferece um arsenal de armas bem variado que vai desde um lançador de rebites a uma metralhadora calibre 50. Todas as armas têm um tipo de munição que pode ser alternada dependendo da situação. E como você se aprofunda mais pela cidade dessa vez, as possibilidades de encontrar armas, munições e de aperfeiçoar suas habilidades é muito grande.

BioShock 2 oferece cerca de 10 a 12 horas de jogo em sua campanha single player e também apresenta uma história divertida e interessante em um modo multiplayer, que define bem a queda de Rapture. A maioria dos jogos multiplayer suporta até 10 jogadores e eles estão mais rápidos em relação ao primeiro jogo, tanto que você vai levar um tempo para se acostumar com a mudança.

Graficamente e musicalmente falando, BioShock 2 não mudou muito em relação a seu antecessor e continua oferecendo cenários fantásticos e uma trilha sonora alucinante que se encaixa bem durante as determinadas situações impostas pela jogatina.

Rapture pode não ser tão misteriosa desta vez, mas deixa sempre seu visitante bem à vontade para explorar todo seu território e independentemente se essa é a sua primeira ou segunda visita a cidade, pode ter certeza que a muito a fazer por aqui. Retornar para esse paraíso perdido é uma experiência que deve ser experimentada com muito prazer.

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